quinta-feira, 9 de junho de 2016



            Será que um dia vou ser um herói?
Gabriela Gabay  de Sá, n°9, 8°ano   
            No momento eu vivo na cantina, que na minha opinião é um  lugar meio bipolar, pois uma hora é uma confusão com muitas crianças correndo e gritando, se batendo e se empurrando, e outra é um silêncio ensurdecedor com nenhuma alma viva ou morta se movendo pelo espaço.
            Prefiro a confusão, porque gosto de usar o barulho das criança para imaginar como seria se eu fosse apagar um incêndio. Gostaria que ele fosse grande, com muitas crianças gritando e implorando a companhia de seus amados pais. Imagino um daqueles bombeiros vestidos com aquelas roupas que os protegem do fogo e o apagando  comigo. Eu me tornaria um herói e teria salvado muitas crianças e adultos, acho que seria difícil acontecer algo assim porque é extremamente improvável uma escola pegar fogo.
            Minha vida não é muito longa, é curta se você pensar bem. A cada um ou dois, ou três anos, sou substituído por outro extintor mais novo e com menos experiência, mais esperança, e normalmente mais feliz. Bom, acho que não sou tão velho assim, mas sei que minhas esperanças de que algo de "importante" aconteça são mínimas.

             

quinta-feira, 12 de maio de 2016



"Ter ou não ter... irmã"
Gabriela Gabay de Sá (n°9), 8°ano

            Ter irmã é ter mais alguém para amar, odiar, brigar, mas essa é a graça, pois se fosse uma relação só fofa e sem tensão, na hora de ser amorosa seria sem emoção. 
                Não ter irmã é não ter alguém para discutir quem vai antes no banho ou quem come o último pedaço de lasanha e o último gole de mate, e não ter alguém para perguntar "posso dormir no seu quarto?".
                Ter irmã é a casa ficar vazia e sem graça quando ela sai, é ter alguém para brincar de touro, de monstro da toalha e de noivinha.
                Não ter irmã é não ter para quem contar os segredos ou alguém para confiá-los.  Quem não tem irmã nunca sentiu a saudade de não vê-la todas as manhãs e tardes e noites quando ela viaja,  ou nunca se sentiu triste porque ela ficou triste. Não ter irmã é não  ter a sensação de peso quando a machuca sem querer ou quando quebra algo que ela gosta muito.

                Ter irmã é não conseguir imaginar a vida sem ela,  é ter a sensação de que se ela não existisse você também poderia não existir,  ou sua vida podia ser um tédio. Porém se ela não existisse, nunca teria a experiência de ter uma irmã, então não saberia como é e ficaria se perguntando:  como seria a minha vida se eu tivesse uma irmã? 

sábado, 9 de abril de 2016



Crônica: Observação
                                                                                  Gabriela Gabay de  Sá (n°9), 8°ano...
                                                                                      
         Metro, terça feira 18h50, um homem novo e alto, de em media 20 anos, estava parado na entrada do cheio e movimentado metro de São Paulo, estação Sumaré, rua Oscar freire. Sua cabeça levemente erguida e seus olhos perdidos demonstravam sua ansiosa espera.
         Ele parecia cansado e faminto, esperançoso para que alguém aparecesse, provavelmente havia tido um longo cansativo dia na faculdade. Apesar de ligado olhando para todos os lados, aparentava estar de saco cheio de ficar ali parado. Logo ele pega seu celular do bolso, provavelmente para ver se tinha alguma mensagem importante ou alguma informação vinda de quem ele tanto esperava.

         Já consumido pela fome e sem dinheiro para comida o jovem tenta se satisfazer através de uma foto do carrinho de milho. O menino já estava pálido de fome, quando finalmente sua esperada carona chega. Felizmente ou não, o carro para bem em frente do carrinho de milho, o homem pensa seriamente em ir lá e comprar um cheiroso e amanteigado pratinho daquele lindo e amarelinho milho verde, mas lembra que não tem dinheiro, então decepcionado entra no carro e fecha com peso a porta do grande carro preto. Segundos depois, quando sente aquela nada natural brisa gelada do ar condicionado, se sente feliz e aliviado de estar indo para casa.

porta traseira 
Gabriela Gabay de Sá, (n°9) 8°ano...
                                                                                                                                                                                                                                                                               
            Quarta feira 10 de março um homem que estava sentado em sua poltrona em um avião no sudeste da China, espontaneamente se levanta e abre a porta de emergência traseira da aeronave, o homem queria tomar um ar fresco antes da decolagem, pois estava com muito calor, na minha opinião aviões não são lugares quentes, mas quem sou eu para dizer isso não é?
         O que se passava na cabeça do cidadão? Será que ele estava suficientemente a vontade, para pensar que era como se ele estivesse em casa e simplesmente estivesse abrindo a janela para dar uma refrescada, e logo pudesse chamar uns amigos para fazer um churrasquinho, e tomar umas cervejas, ou pudesse abrir uma cadeira de praia e deitar confortavelmente e fazer guerra de água. E quando fizesse frio acenderia uma fogueira e se cobriria e esquentaria marshmallow...

         Imagine se o homem tivesse a grande ideia de dar uma curtidinha na asa e investigar as turbinas ou apenas pegar uma brisa fresca com o avião já no ar. Ele poderia causar a incrível  morte de 130 pessoas. Pelo menos ele seria lembrado por uma coisa maior do que só abrir a porta do avião. Sinceramente  acho que ninguém chega a fazer uma loucura tão grande sem estar internado.